09 julho, 2006
Soneto
Foto: Mintegui
Fonte: Olhares.com
Soneto
"De leve beijo as suas mãos pequenas
Alvas, de neve, e, logo um doce, um breve
Fino rubor lhe tinge a face apenas
De leve beijo as suas mãos de neve.
Ela vive entre lírios e açucenas,
E o vento a beija e como o vento, deve
Ser o meu beijo em suas mãos serenas
- Tão leve o beijo como o vento é leve.
Que essa divina flor, que é tão suave
Ama o que é leve, como um leve adejo
de vento ou como um garganteio de ave.
E já me basta para meu tormento
Saber que o vento a beija, e que o meu beijo
Nunca será tão leve como o vento..."
Zeferino Brasil
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário