31 julho, 2009

Vida

"Pelas ruas da cidade
pessoas andam num vai e vem
Não veem o cair da tarde
vão nos seus passos como reféns
De uma vida sem saída
vida sem vida mal ou bem

Pelos bancos desses parques,
ninguém se toca sem perceber
Que onde o sol se esconde,
o horizonte tenta dizer
Que há sempre um novo dia,
a cada dia em cada ser

Não é preciso uma verdade nova, uma aventura
Pra encontrar nas luzes que se acendem um brilho eterno
E dar as mãos e dar de si além do próprio gesto
E descobrir feliz que o amor esconde outro universo


Pelos becos, pelos bares
pelos lugares que ninguém vê
Há sempre alguém querendo
uma esperança, sobreviver
Cada rosto é um espelho
de um desejo de ser, de ter

Não é preciso uma verdade nova, uma aventura
Pra encontrar nas luzes que se acendem um brilho eterno
E dar as mãos e dar de si além do próprio gesto
E descobrir feliz que o amor esconde outro universo


Talvez, quem sabe, por essa cidade passe um anjo
E por encanto abra suas asas sobre os homens
E dê vontade de se dar aos outros sem medida
A qualidade de poder viver vida, vida
Vida, vida"

Composição: Fábio Jr.

28 julho, 2009

"Você verá que é mesmo assim
a história não tem fim
continua sempre que você responde sim"...

23 julho, 2009

Na rua, na chuva, na fazenda...

"Não estou disposto
a esquecer seu rosto de vez
e acho que é tão normal

Dizem que sou louco
por eu ter um gosto assim
gostar de quem não gosta de mim

Jogue suas mãos para o céu
e agradeça se acaso tiver
alguém que você gostaria que
estivesse sempre com você
na rua, na chuva, na fazenda
ou numa casinha de sapê..."

Hyldon

18 julho, 2009

Not as we...

"Reborn and shivering
Spat out on new terrain

Unsure unconvincing
This faint and shaky hour

Day one day one
start over again
Step one step one
I'm barely making sense for now
I'm faking it I'm pseudo making it
From scratch begin again but this time I as I
And not as we

Gun shy and quivering
Timid without a hand

Feign brave with steel intent
little and hardly here

Day one day one
start over again
Step one step one
I'm barely making sense for now
I'm faking it til I'm pseudo making it
From scratch begin again but this time I as I
And not as we

Eyes wet toward
Wide open frayed
If god's taking bets
I pray He wants to lose

Day one day one
start over again
Step one step one
I'm barely making sense for now
I'm faking it til I'm pseudo making it
From scratch begin again but this time I as I
And not as we"

17 julho, 2009

"O amor não é a solução para os seus problemas, mas é a recompensa por você ter resolvido os seus problemas".

Débora Bloch

16 julho, 2009

O segredo da vida de um casal

"Receita do amor que dura: amar o outro não apesar de sua diferença, mas por ele ser diferente.
Em geral , na literatura, no cinema e nas nossa fantasias, as histórias de amor acabam quando os amantes se juntam (é o modelo Cinderela) ou, então, quando a união esbarra num obstáculo intransponível (é o modelo Romeu e Julieta). No modelo Cinderela, o narrador nos deixa sonhando com um “viveram felizes para sempre”, que seria a “óbvia” conseqüência da paixão. No modelo Romeu e Julieta, a felicidade que os amantes teriam conhecido, se tivessem podido se juntar, é uma hipótese indiscutível. O destino adverso que separou os amantes (ou os juntou na morte) perderia seu valor trágico se perguntássemos: será que Romeu e Julieta continuariam se amando com afinco se, um dia, conseguissem deitar-se juntos sem que Romeu tivesse que escalar a casa de Julieta até o famoso balcão? Ou se, em vez de enfrentar a oposição letal de suas ascendências, eles passassem os domingos em espantosos churrascos de família?
Talvez as histórias de amor que acabam mal nos fascinem porque, nelas, a dificuldade do amor se apresenta disfarçada. A luta trágica contra o mundo que se opõe à felicidade dos amantes pode ser uma metáfora gloriosa da dificuldade, tragicômica e inglória, da vida conjugal. O casal que dura no tempo, em regra, não é tema para uma história de amor, mas para farsa ou vaudeville -às vezes, para conto de terror, à la “Dormindo com o Inimigo”.
Durante décadas, Calvin Trillin escreveu uma narrativa de sua vida de casal, na revista “New Yorker” e em alguns livros (por exemplo, “Travels with Alice”, viajando com Alice, de 1989, e “Alice, Let’s Eat”, Alice, vamos para a mesa, de 1978). Nesses escritos, que são só uma parte de sua produção, Trillin compunha com sua mulher, Alice, uma dobradinha humorística, em que Calvin era o avoado, o feio e o desajeitado, e Alice encarnava, ao mesmo tempo, a beleza, a graça e a sabedoria concreta de vida.
À primeira vista, isso confirma a regra: a vida de casal é um tema cômico. Mas as crônicas de Trillin eram delicadas e tocantes: engraçadas, mas nunca grotescas. Trillin não zombava da dificuldade da vida de casal: ele nos divertia celebrando a alegria do casamento. Qual era seu segredo? Pois bem, Alice, com quem Trillin se casou em 1965, morreu em 2001.
Trillin escreveu “Sobre Alice”, que acaba de ser publicado pela Globo. Esse pequeno e tocante texto de despedida desvenda o segredo de um amor e de uma convivência felizes, que duraram 35 anos. O segredo é o seguinte: Calvin e Alice, as personagens das crônicas, não eram artifícios literários, eram os próprios. A oposição entre os dois foi, efetivamente, o jeito especial que eles inventaram para conviver e prolongar o amor na convivência.
Considere esta citação de um texto anterior, que aparece no começo de “Sobre Alice”: “Minha mulher, Alice, tem a estranha propensão de limitar nossa família a três refeições por dia”. A graça está no fato de que a “propensão” de Alice não é extravagante, mas é contemplada por Calvin como se fosse um hábito exótico.
Alice é situada e mantida numa alteridade rigorosa, em que é impossível distinguir qualidades e defeitos: Calvin a ama e admira como a gente contempla, fascinado, uma espécie desconhecida num documentário do Discovery Channel. Se amo e admiro o outro por ele ser diferente de mim (e não apesar de ele ser diferente de mim), não posso considerar que minha maneira de ser seja a única certa. Se Calvin acha extraordinário que Alice acredite na virtude de três refeições diárias, ele pode continuar petiscando o dia todo, mas seu hábito lhe parecerá, no fundo, tão estranho quanto o de Alice.
Com isso, Calvin e Alice transformaram sua vida de casal numa aventura fascinante: a aventura de sempre descobrir o outro, cuja diferença inesperada nos dá, de brinde, a certeza de que nossa obstinada maneira de ser, nossos jeitos e nossa neurose não precisam ser uma norma universal, nem mesmo a norma do casal. Há quem diga que o parceiro ideal é aquele que nos faz rir. Trillin completou a fórmula: Alice era quem conseguia fazê-lo rir dele mesmo. Com isso, ele descobriu a receita do amor que dura."
Contardo Calligaris

10 julho, 2009

Love is hard

"And it kicks so hard
It breaks your bones
Cuts so deep
It hits your soul
Tears you skin
And makes your blood flow
It’s better that you know
That love is hard

Love takes hostages
And gives them pain
Gives someone the power
To hurt you again and again"

James Morrison

02 julho, 2009

Sorri (Smile)


Título: Um brilho inapagável
Autor: Bruno Silva
Fonte: Olhares.com


"Sorri,
Quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos, vazios

Sorri,
Quanto tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador, sorri

Quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados, doridos

Sorri,
Vai mentindo a tua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz"

Composição: Charles Chaplin, Geofreu Parsons e John Turner
Versão: João de Barro
Na voz de Renato Braz

01 julho, 2009

Lágrimas e chuva


Título: Instantes de timidez
Autor: Bruno Silva
Fonte: Olhares.com

"Eu perco o sono e choro
Sei que quase desespero
Mas não sei por quê

A noite é muito longa,
Eu sou capaz de certas coisas
Que eu não quis fazer.

Será que alguma coisa
Nisso tudo faz sentido?
A vida é sempre um risco,
Eu tenho medo do perigo.

Lágrimas e chuva
Molham o vidro da janela
Mas ninguém me vê

O mundo é muito injusto
Eu dou plantão nos meus problemas
Que eu quero esquecer

Será que existe alguém
Ou algum motivo importante
Que justifique a vida
Ou pelo menos este instante?

Eu vou contando as horas
E fico ouvindo passos
Quem sabe o fim da história
De mil e uma noites
De suspense no meu quarto"

Composição: Leoni, Bruno Fortunato, George Israel
Cantada por Verônica Sabino