08 maio, 2008

A arte de ser feliz



“Precisamos de tentar chegar ao ponto de ver o que possuímos exactamente com os mesmos olhos com que veríamos tal posse se ela nos fosse arrancada. Quer se trate de uma propriedade, de saúde, de amigos, de amantes, de esposa e de filhos, em geral percebemos o seu valor apenas depois da perda. Se chegarmos a isso, em primeiro lugar a posse irá trazer-nos imediatamente mais felicidade; em segundo lugar, tentaremos de todas as maneiras evitar a perda, não expondo nossa propriedade a nenhum perigo, não irritando os amigos, não pondo à prova a fidelidade das esposas, cuidando da saúde das crianças etc. Ao olharmos para tudo o que não possuímos, costumamos pensar: 'Como seria se fosse meu?', e dessa maneira tornamo-nos conscientes da privação. Em vez disso, diante do que possuímos, deveríamos pensar frequentemente: 'Como seria se eu o perdesse?'”

(Schopenhauer, em A Arte de Ser Feliz)

P.S.: Este texto foi extraído do fotolog de Carol Cigerza, admiradora do Schopenhauer e uma amiga que, infelizmente, tive pouco tempo para conhecer melhor.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi Val,
Que surpresa agradável! Tanto sua visita ao meu espaço - que eu nem sabia que você freqüentava - quanto esse PS ;)

Quero aproveitar a oportunidade para ser bem clara ao te falar que recordo sempre com muito carinho das nossas conversas. Nossas vidas tomaram rumos opostos, mas o carinho que tenho por ti permanece aqui comigo.

Beijos muitos da amiga,
Carol Cigerza

P.S.: Sabe, essa questão de tempo é bastante relativa... Nunca é tarde demais.